NOME DE POBRE NO BRASIL

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

MUDANÇAS NA LÍNGUA PORTUGUESA

Na semana passada, realizou-se em Brasília o Simpósio Internacional Linguístico-ortográfico da língua Portuguesa, para o qual foram enviados representantes das oito nações lusófonas, isto é, que têm como oficial o idioma português. São elas: Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé & Príncipe, Guiné-Bissau e Timor Leste. A língua portuguesa, a 5ª mais falada hoje no mundo, é o idioma oficial de países onde vivem 260 milhões de pessoas. Mas que escrevem de dois modos diferentes, um caso único no mundo. Foram tomadas iniciativas para unificar em 1911, 1943, 1945, 1971 e 1990. Ora, o Acordo Ortográfico de 1990 já tem 24 anos e ainda não foi implementado em todas essas nações. No Brasil, este novo modo de escrever está sendo aplicado desde 2009, mas com autorização para conviver com a antiga forma até 2016, a pedido de Portugal, depois de negociações entre o Senado brasileiro e a presidente Dilma Rousseff. Não faz tanto tempo assim que pharmacia, theatro, chlorophylla, exgottar, phosphoro, sciencia, football, maillot, soutien, rheumatismo, aucthor e damno, depois simplificados para farmácia, teatro, clorofila, esgotar, fósforo, ciência, futebol, maiô, sutiã, reumatismo, autor e dano. A língua portuguesa estava em uso há quase meio milênio quando Duarte Nunes de Leão, em 1576, propôs a primeira tentativa de conciliar a etimologia e a fonética para fixar a “Orthographia da Lingoa Portugueza”. Do século XIII ao século XVI predominara uma ortografia fonética, isto é, o objetivo era escrever o mais próximo do modo como se fala. Do século XVI ao século XX, houve uma conciliação entre a fonética e a etimologia, o que também se tenta fazer agora, mas com várias mudanças, principalmente no hífen. O título de minha conferência foi “A Extinção do Hífen”. Na semana que vem, contarei mais. (xx) º da Academia Brasileira de Filologia, professor e escritor, colunista da Rádio Bandnews (RJ) e diretor-adjunto da Editora da Unisul (SC).

Um comentário:

  1. Caro Deonísio:

    Em meu blog, eu e alguns amigos comentaristas entramos em uma discussão que ficou meio sem solução: a etimologia do termo "gaúcho". Há tantas variantes na internet - que vão de "gauche" até "gaudério" - que ficamos todos na mesma, sem saber qual é a versão correta.

    Será que você pode ajudar?

    Desde já, muito grato.

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